Entrei na sala, e fiz questão de não olhar para a bagunça, joguei as chaves em cima da mesa, tirei a roupa, liguei o som ao máximo do volume e fui direto ao banheiro, não fui limpar a impureza exterior, mas sim a interior que existia dentro de mim. Sei bem que não adianta tanto assim, mas ficar por horas parada embaixo do chuveiro, respirando, chorando, gritando, tudo que pudesse fazer com que o meu interior estremeça  ao ponto de eu acreditar que algo havia saído de dentro de mim, isso já estava de bom tamanho.
Alguém uma vez disse: ‘‘você nunca irá conhecer alguém que te cause tanto problema como você mesmo’’ e de fato o sou, o causador de toda a dor. Oh Deus como pude chegar até aqui? Que caminho perverso eu tomei, e agora não consigo encontra o de volta para casa. E onde esta minha casa? Onde estão os meus pais? Os amigos velhos da infância? Eu mesma os matei, matei com minhas palavras, com meus sentimentos errados,  e escolhas também, matei a todos, por isso cá estou,  tentando adentrar as paredes escuras que se formaram  dentro de mim, e me impedem de ver as coisas como de fato são, de caminhar e esperar que as coisas mudem. Refém das minhas emoções,  dos meus sentimentos aflorados, refém de mim mesma, é engraçado como tudo acontece, o resultado final você o tem como se fosse mágica, mas na verdade são resultado de anos.

Vazia e sem rumo ou perspectiva de que algo vá acontecer e fazer com que tudo mude. Então só me resta a música, a solidão e o vazio como companhia, e há algo pior?




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